terça-feira, 20 de outubro de 2009

O estranho ruído do silêncio

Depois de algumas semanas de debates quentes e intensos o cenário político de Santa Cruz do Capibaribe encontra-se tranquilo, para muitos tranquilo até demais. Nem parece que estamos às portas de 2010, já que pouco tem se discutido a política partidária na cidade, muito menos os problemas estruturais enfrentados em toda a cidade. Aparentemente a protelação da data de julgamento das contas do ex-prefeito José Augusto Maia, referentes à administração municipal de 2006, serviu para amenizar os ânimos que em decorrência das discussões ocorridas na tribuna da Câmara e nas emissoras de Rádio da cidade estavam para lá de acirrados.

Mas o que está por trás desse silêncio todo?

·Estariam as principais lideranças políticas se resguardando para meses de intensos embates?

·Estariam José Augusto Maia (PTB), Oseas Moraes (PSB) e Edson Vieira (PSDB) trabalhando nos bastidores em busca de apoios para o próximo pleito?

·Estaria Edson Vieira aproveitando a sua estadia na África do Sul, onde representa a ALEPE em uma série de eventos, para recarregar suas forças?

·Estaria José Augusto Maia ainda comemorando a possibilidade das contas de sua administração simplesmente não serem julgadas a tempo de serem reprovadas e não prejudicarem sua candidatura?

·Estaria Oseas costurando reforços entre “bocas-pretas” e ”taboquinhas” insatisfeitos?

São vários os questionamentos que podem ser feitos nesse instante de calmaria e cabe a sociedade ficar atenta, pois as respostas poderão ou não ser convincentes ou mesmo convenientes. Não faz bem ao desenvolvimento de um município progressista como o nosso, perceber suas principais lideranças partidárias em ação apenas nos momentos de embates políticos/politiqueiros, o ideal seria perceber a ação de todos eles em nosso dia-a-dia, afinal de contas não é apenas de dois em dois anos que a população, principalmente a mais carente necessita da intervenção dos mesmos, trabalhando mais e prometendo ou fantasiando menos.

Então vamos combinar que o melhor mesmo é que nós, reles mortais eleitores, sigamos esse exemplo e aproveitando todo esse sossego, paremos para refletir sobre as escolhas que faremos em 2010, afinal de contas a sociedade tem que admitir seu papel de parte integrante do processo político, assumindo a responsabilidade dos atos, acertos e erros daqueles que irão nos representar em Recife e Brasília pelos próximos quatro anos, que poderão ser longos, até demais, se por acaso nós não soubermos fazer as escolhas certas.


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César Mello-

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