sábado, 21 de novembro de 2009
''Golpe de mestre de João Paulo'', na visão de um baiano
O ex-prefeito João Paulo (PT) deixou o governo de Eduardo Campos (PSB) quatro meses depois de assumir a Secretaria de Articulação Regional do governo de Pernambuco.
O pedido de exoneração foi entregue ao governador na quarta-feira (18), mas João Paulo fez à sua hora. Anunciou sua saída ao distinto público justo no momento em que Eduardo está no interior do estado.
Mas por que João Paulo teve uma passagem relâmpago no governo de Eduardo Campos?
Em Pernambuco corria a tese que o governador teria dado um 'nó' no PT, ao colocar sob suas ordens os dois principais líderes petistas: Humberto Costa e João Paulo, que por acaso não se bicam.
Ao deixar o governo, João Paulo desfez a tese.
Mas, existe outra forte razão.
Na base governista de Eduardo Campos existem três candidatos ao Senado: o próprio João Paulo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o deputado Armando Monteiro Filho (PTB).
Dizem que a vaga de Armando já está garantida pelo governador, resta, pois uma vaga, que estaria sendo disputada por João Paulo e Fernando Coelho.
Na queda de braço entre os dois, João Paulo sentiu que estaria levando desvantagem, pois Eduardo Campos não enquadrou Fernando Coelho, que andou distribuindo bordoadas em João Paulo.
A saída de João Paulo é estratégica.
Criou um fato político e abriu uma crise política no governo de Pernambuco abalando a aliança PSB e PT.
Além disso, deixou João Paulo livre para jogar o seu jogo, que pode variar da disputa ao Legislativo ou ao Executivo.
Resta aguardar os desdobramentos, principalmente se as eleições internas do partido forem ganhas por João Paulo.
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